Carolina Dieckmann fala da força de Lumiar e da paixão por Ben, em Vai da Fé: “Casal quente, se completa”

Atriz está de volta às novelas após longa temporada nos Estados Unidos acompanhando o marido, Tiago Worcman


13 de fevereiro de 2023 00h05

Foto: Globo/João Miguel Júnior

Por Luciana Marques

Depois de seis anos morando nos Estados Unidos, Carolina Dieckmann decidiu voltar a fixar residência no Brasil, enquanto o marido, Tiago Worcman, vive seu ano sabático. Em meio à mudança, a atriz revela que ao receber o convite para fazer Lumiar, sua personagem na novela Vai na Fé, encarou como um sinal para voltar a atuar na TV.

“Foram muitas coincidências. Eu estar vindo para o Brasil e rolar esse convite. Obviamente isso já abriu o fluxo de dizer sim”, ressalta ela, que já vinha acompanhando à distância o trabalho da autora Rosane Svartman, com quem tinha vontade de trabalhar.

Carolina estava afastada dos folhetins desde 2018, quando fez O Sétimo Guardião, por causa da família. Para ficar próxima do marido, que foi trabalhar em Miami, e dos filhos, Davi e José, ela optou em deixar a carreira em segundo plano. E ela não se arrepende.

“Tenho muita fé no amor. Nas coisas que a gente constrói no amor, no amor que faz a gente levantar para ir para o trabalho, no amor que faz a gente olhar a noite inteira o filho que está com febre, o amor que faz a gente largar tudo e ir com o marido lá para o outro lado do mundo para ficar perto da família. Eu tenho fé nisso, nas coisas que a gente constrói através do amor”.

 

Lumiar (Carolina Dieckmann). Foto: Globo/Manoella Mello

O que motivou você a aceitar o convite para novela?

Eu já estava com super vontade de trabalhar com Rosane Svartman. Uma mulher incrível. Eu já estava de olho nas novelas dela. Agora foram muitas coisas, foram muitas coincidências. Eu estar vindo para o Brasil e rolar esse convite. Obviamente isso já abriu o fluxo de dizer sim. Mas a partir do momento que o Paulinho Silvestrini me convidou para a novela e falou que é uma mulher que não queria ser mãe, que é uma coisa que eu sempre tive vontade de entender. Porque eu fui mãe muito nova. Eu não conseguia muito entender que mulher é essa que não quer ser mãe. A relação um pouco esquisita com o pai e a mãe dela. Isso lá na frente a gente vai viver algumas emoções, um fato que me chama muita atenção. O fato de ter um marido que quer tirar um ano sabático. O meu marido tinha acabado de tirar um ano sabático. Foram coincidências que me fizeram olhar para este projeto de um jeito especial.

Como é a relação da Lumiar com o Ben?

Existe muita paixão. O Ben e a Lumiar não são só são muito apaixonados como são parceiros. Eles são vitoriosos. Eles construíram um escritório de advocacia que é um dos maiores do país. Eles atuam juntos no tribunal. Eles têm uma coisa de casal quente, que se completa, que é muito gostoso de ver, que é muito bonito.

A Lumiar é uma personagem potente, uma mulher bem-sucedida, muito bem no casamento, mas que não quer ter filho. Como tem visto cada vez mais esse espaço das mulheres, também sendo mostradas na dramaturgia com esse empoderamento?

Eu acho que a gente está cada vez mais tendo espaço para falar sobre isso. Para discutir com essa coisa do feminino. No papel da mulher na sociedade, nas famílias, enfim nessa mulher que trabalha fora, que trabalha dentro... trabalha de manhã, de tarde e de noite. Dá conta dos filhos, dá conta do marido. Muitas vezes da conta da família inteira. Eu acho que a gente está neste momento entendendo o papel da mulher, de uma outra maneira.  E eu quero que isso fique cada vez mais forte. Eu acho que a gente ainda tem muito para agradecer e para se sentir orgulha de ser mulher. Que mulheres que nos somos? Principalmente de ser mulher brasileira, que talvez seja a que mais da conta da vida no mundo.

Se considera uma feminista?

Eu sou, mas eu acho que o fato de ser não significa que a gente sempre sabido disso.  Eu acho que hoje a gente sabe mais disso. A gente tem mais reconhecimento. É muito pouco ainda, ainda tem muita coisa para acontecer, muita coisa para a gente entender. Um jeito de comunicar isso diferente.  Eu acho que a gente está vivendo uma revolução, na maneira de se comunicar, em multas vertentes. No feminismo, no racismo, na coisa do gênero. Tudo está sendo discutido. Há uma luz sobre todos esses assuntos, na maneira que a gente lida com eles, nos erros que a gente comete e nas coisas que a gente tem que aprender. A gente tem que aprender junto, evoluir enquanto sociedade. Eu tenho muita esperança do que está acontecendo é um movimento positivo.