O Rei do Gado: Enrico vira promissor pecuarista e o filho, Bruno, um peão talentoso e de personalidade

Passam-se 10 anos após a morte de Mezenga, e o neto avisa que nunca vai assinar o nome Berdinazzi


16 de novembro de 2022 02h12

Foto: Reprodução Globo/Montagem

Por Betina Azoubel

Nos próximos capítulos de O Rei do Gado, passam-se 10 anos e Enrico (Leonardo Brício) se torna um pecuarista renomado. Durante o velório de Mezenga (Antônio Fagundes), que morreu abraçado a um pé de café, Enrico faz uma promessa. “Nunca mais vou lidar com café na minha vida”. Dez anos depois, Enrico aparece comandando uma comitiva de gado, junto com o filho, Bruninho. “Toma, filho”, diz ele, ao atirar o berrante para o menino. Na cozinha da fazenda, Giovanna (Letícia Spiller) reclama com Helena (Vera Fischer) reclama que eles já podiam estar vivendo em uma casa melhor.

Mas a moça diz que Enrico não liga para isso. “Só quer saber de boi e de terra. Todo o dinheiro que entra nessa casa vira bezerro, vira pasto, vaca. Eu não sei onde ele quer chegar”. Nena pondera para ela não se lamentar e levantar as mãos para o céu por ter um marido como o filho dela. “Não tô me queixando do Enrico, eu adoro ele, mas dessa vida que tamo levando”. Giovanna fala que Bruninho já devia estar na escola, mas só fica atrás do pai feito um peão. Nena diz que o neto já sabe ler e escrever e é dessa vida que ele gosta. “Mas vai ser o que quando crescer, peão de comitiva?”.

Helena diz que isso ele já é. Enquanto isso, o menino conversa com o pai durante uma parada da comitiva. Enrico avisa que será a última viagem de Bruninho com ele. O menino não entende. “A tua mãe anda me azucrinando a paciência e eu acho que ela tá certa. Ela quer que você vá estudar. Eu vou te colocar num colégio interno, que nem os filhos do meu patrão quando comecei na lida de boi”. O garoto fica de cara feia e diz que se o pai e mãe insistirem com isso, ele foge. Enrico o ameaça se ele não o obedecer. “Ah, o pai nunca me bateu”. Mexido, o pecuarista afirma que pode ter a primeira vez.

Foto: Reprodução Globo

O menino abaixa a cabeça. E Enrico pergunta se agora ele chorar. “Eu não tô chorando. Eu sou um Mezenga, lembra?”. Quando os dois cavalgam lado a lado na comitiva, Bruno insiste que sabe ler, escrever e fazer conta, assim como pai. Enrico lembra que na idade dele ajuda Mezenga no trabalho, por isso não pode estudar. “E eu tô fazendo o quê?”, retruca o menino. Bruninho avisa que quando o pai morrer não vai vender a fazenda, nem os bois. “O senhor vendeu as do vô quando ele morreu”.

Enrico explica que se não tivesse feito isso, eles não teriam nada. “Pois então, eu vou comprar mais terra e tanto boi que não vai dar nem para contar”. Enrico concorda, mas fala que antes ele vai ter que estudar e ter um diploma na mão. “Pois eu prefiro laço. Pra lidar com o boi não é preciso estudo”. Enrico pergunta o que é preciso. “Prática e sabedoria”, fala o garoto, que sai. Enrico sorri. Dias depois, Enrico arrasta o filho até o carro. “Eu fujo, eu fujo”. É a hora de o menino ir para um colégio interno. Mexida, Giovanna fala que é para o bem do filho. “Se eu for, eu não volta aqui nunca mais”.

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Enrico liga o carro e eles saem. Na estrada, o pecuarista admite que também está com o coração apertado. O garoto conta que foi se despedir de dona Marieta (Eva Wilma) e ela nem o olhou. Enrico diz que ela não está bem da cabeça. “Eu falei para ela que não sou um Berdinazzi, que  sou só Mezenga”. Enrico fala que é isso mesmo e lembra que roubaram a mãe dele. “Eu odeio os Berdinazzi”. Dias depois, Marieta morre segurando a medalha de Bruno (Marcello Antony). E mais adiante, Nena, num “chamado” de Mezenga. A partir daí, terá uma passagem de tempo de 40 anos, com Bruno já “o rei do gado”.

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