Flor do Caribe: Amaralina descobre que Duque é o seu avô
A jovem ouve ele revelar à Olívia o medo de ser rejeitado pela neta
11 de novembro de 2020 00h20
Em um almoço na casa de Cassiano (Henri Castelli), Amaralina (Sthefany Brito) fala das lembranças que tem do avô de histórias como a da fada do dente, quando colocava o dente de leite debaixo do travesseiro. “Lembro que meu vô punha uma moeda de cada país. Era bem chique, mas totalmente inútil. Ninguém aceitava moeda estrangeira na loja de doce”, diverte-se. Nisso, ela coloca algumas moedas sobre a mesa. “Você guarda as moedas até hoje?!”, surpreende-se Taís (Débora Nascimento). Amaralina vai responder, mas Duque (Jean Pierre Noher) se engasga com a comida. Ele disfarça a emoção, pede licença e sai. Amaralina continua falando. Mas Olívia (Bete Mendes) percebe a situação e vai atrás do “171”. Quando ela entra no quarto, vê Duque sentado, triste. “Que está havendo, Duque?”, indaga.
Ele desconversa e fala que está tudo bem. Nisso, a mãe de Cassiano se senta na frente dele. “Por que não conta logo a verdade pra ela?”, diz. Ele a olha, surpreso. “Verdade? Que verdade?”, desconversa. “Essa que tá escondendo aí dentro, no seu coração: que você é o avô que essa menina quer tanto encontrar”, afirma ela. Sem saída, ela faz a revelação. “Sou eu, sim, Dona Olívia. Esse avô que Amaralina tá procurando pelo mundo é exatamente esse “Duque” que tá aqui na sua frente”. Olívia insiste que ele deve contar tudo à jovem. Mas Duque fala que não quer destruir as “ilusões” dela com esse avô que tanto idolatra. Ele revela que gostaria de nunca ter entrado nessa vida de falsificador, mas que agora é tarde.
Ele diz que ganhou muito dinheiro, até que um dia ele próprio sofreu um duro golpe. “Minha filha, a mãe da Amaralina, quando descobriu o que eu fazia, me riscou da vida dela e da minha neta, que devia ter aí seus quatro anos. Cortou todo e qualquer contato, me proibiu de chegar perto. E se mudou com o marido e a menina pra Bahia sem deixar endereço, telefone, nada...”, conta. Ele lembra que soube que a filha e o marido haviam morrido num acidente e que a neta fora levada para um orfanato quando estava preso na masmorra de Dom Rafael (César Troncoso). “O que me consolava era saber que minha neta estava aos cuidados das freiras... e que nunca ia ter o desgosto de encontrar de novo esse avô e saber quem ele era de verdade”, fala.
Olívia o repreende. “Não diga uma coisa dessas! Eu tenho certeza que ela ia ficar era muito feliz se você contasse que é...”, afirma. “Não, dona Olívia. Eu prefiro assim. Porque é a maneira de eu ficar perto dela”, fala. Olívia não entende. “Se ela souber a verdade, pode ficar revoltada, não me aceitar, e sumir no mundo pra ficar longe de mim... como fez a mãe dela. Afinal, ela herdou o meu DNA de andarilho. E de falsária também, porque o nome dela nunca foi Amaralina, é Edwiges. Edwiges Cristina. Mas ó: (faz gesto de segredo)”, diz. “Se ela tá aqui do seu lado, sabendo ou não que é sua neta, você, como avô tem o dever de tomar conta dela”, fala Olívia. “Mas pra isso eu preciso aprender a ser um avô... A senhora me ajuda?”, pede. A mãe de Cassiano sorri e diz que o ajudará, com muito prazer. Olívia aperta as duas mãos de Duque, e os dois se emocionam.
O que eles não percebem é que Amaralina estava na porta, escutando a conversa. E uma lágrima corre pelo rosto da moça. Ela segue, discretamente para o quarto de Taís. E pega a foto do avô jovem e fica olhando e se lembrando das palavras dele, que teme ser rejeitado, como a mãe dele fez. Amaralina enxuga as lágrimas e sai. Logo, dá de cara com Olívia e Duque. A mãe de Cassiano fala que precisa deixá-la a sós com Duque. “Qual é, Alteza? O que você quer? Que raio de conversinha é essa que ela falou?”, quer saber. Mas ele trava. “Eu... ia te perguntar se está precisando de alguma coisa... como é que está de grana”, fala. Amaralina se diverte. “Que qui há, Duque, vai querer me sustentar? Tô fora, eu me viro pra descolar grana e é o que tô indo fazer agora e já tô atrasada pro meu trampo... tchau, fui!”, fala a moça, que sai. Duque confessa a Olívia que não foi desta vez que teve coragem de falar.
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