Mario Bregieira: “Estar, nesse momento, numa obra que transmite ensinamentos de amor e fé, é gratificante”

O Gate, de Gênesis, fala também do lado empreendedor no audiovisual e de prêmios como diretor


09 de abril de 2021 00h42

Foto: Divulgação

Por Luciana Marques

Depois de viver Marcos Evangelista na novela Jesus, em 2018, Mario Bregieira encara um novo desafio numa trama bíblica, também na Record TV. Ele vive Gate, sobrinho de Abraão (Zé Carlos Machado), na quinta fase da superprodução bíblica Gênesis. “Depois de ter feito a novela Jesus, a minha fé se fortificou muito. Passei a frequentar mais a igreja e praticar os ensinamentos bíblicos, realmente mudou a minha vida”, admite.

Nessa mesma linha, o ator também reflete que neste momento difícil que o mundo passa com a pandemia, é importante uma obra transmitir ensinamentos de amor e fé. Já sobre o papel, que ele conta ter se inspirado no personagem Uthred , da série The Last Kingdom, Mario se reconhece no lado aventureiro, família e cheio de vida. Ele só brinca que a faceta mulherengo de Gate não tem nada a ver com ele. “Sou namoradeiro”, afirma.

No bate-papo, Mario lembra também os vários “nãos” na carreira até conseguir uma oportunidade. E afirma o quanto é importante ter um “plano B”. Além de atuar, ele é dono da produtora Manhattan Films. E, recentemente, foi premiado pelo filme A Fantástica Fábrica de Sonhos, o qual produziu e dirigiu, no Manhattan Films festival KIMFF, na Eslováquia.

Gate (Mario Bregieira). Foto: Edu Moraes/Record TV

O que mais instigou você no convite para fazer Gênesis? Poder fazer parte de produções bíblicas é poder disseminar a palavra de Deus e mudar a vida das pessoas através da novela. Estamos vivendo um momento conturbado mundialmente, então acredito que a chance de participar de uma obra que transmite ensinamentos de amor e fé, é muito gratificante para mim.

E o que cativou você na personalidade do Gate, se inspirou em alguém para compor o personagem? É um personagem que foge da minha zona de conforto, então foi um desafio muito prazeroso construir Gate desde o início. Me inspirei no personagem Uthred da série The Last Kingdom, na Netflix.

Há semelhanças entre você e o personagem? Com certeza, ele é muito família, aventureiro, cheio de vida e curiosidade de conhecer novos lugares. Porém, o seu maior defeito é ser mulherengo, nesse ponto não somos muito parecidos, sou mais tranquilo quanto a isso, sou mais namoradeiro (risos).

Foto: Divulgação

O Gate vive a vida despreocupadamente, até um momento que ele verá que poderá ser tarde demais para realizar um sonho. O que você mais aprendeu ao viver esse personagem? Aprendi que não podemos desejar ter tudo na vida. Às vezes, precisamos abdicar de certas coisas para ter outras.

Você faz a sua segunda trama bíblica. Como é a sua relação com religião? Depois de ter feito a novela Jesus, a minha fé se fortificou muito. Passei a frequentar mais a igreja e praticar os ensinamentos bíblicos, realmente mudou a minha vida.

Você começou novo no teatro, enfrentou muitos perrengues, até na mudança de São Paulo para o Rio, foram muitos nãos? E o que te levou a nunca desistir dessa carreira tão difícil? Na nossa profissão, precisamos saber lidar com os “nãos”. Sei que é difícil, frustrante, mas com o decorrer dos anos eu aprendi a levar o “não” como um aprendizado e como combustível para ter êxito e conseguir minha primeira oportunidade. Claro que já pensei em desistir diversas vezes. Mas o segredo é sempre estudar, fazer workshops com pessoas influentes do meio e mostrar nosso trabalho que uma hora a oportunidade aparece.

Gate (Mario Bregieira). Foto: Edu Moraes/Record TV

Além de ator, você tem a sua produtora. Qual a importância hoje de um ator empreender? Muito importante esse ponto. Acredito que precisamos ter nosso “plano B” para ter uma segurança financeira. No nosso meio muitas vezes acontecem lacunas de tempo entre um trabalho e outro, e empreender traz essa segurança e tranquilidade para poder esperar e trabalhar firme em busca de outros trabalhos e oportunidades. No meu caso, escolhi empreender no meio audiovisual, então, muitas vezes, eu acabo me produzindo e unindo meu lado ator com meu lado produtor.

A sua experiência no audiovisual tem rendido até prêmios para você e sua produtora, como com o filme A Fantástica Fábrica de Sonhos. Por que você acha que o filme tem agradado nos festivais? Esse filme fala sobre depressão. Os casos de suicídio cresceram 80% durante a pandemia. A Fantástica Fábrica de Sonhos retrata isso de forma sutil, com o cuidado de conscientizar as pessoas de que essa doença existe, tem muita pessoa passando por isso, mas existe uma luz no fim do túnel.

Vocês produzem muita coisa na linha comercial, a sua ideia é cada vez mais investir na produção também de ficção? Hoje em dia minha produtora faz mais comercial, porém um dos meus projetos pra esse ano é focar em ficção, pois é o que realmente motiva meu coração no meio audiovisual.